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Dica de Doc: Solo Fértil (Kiss on Ground - 2020)

  • Foto do escritor: Thais Classe
    Thais Classe
  • 7 de fev. de 2022
  • 2 min de leitura

Atualizado: 8 de fev. de 2022


Poster do Documentário

O documentário ecoeducacional, “Solo Fértil” (Kiss the Ground, em inglês) da Netflix, estreou em setembro de 2020. O filme foi dirigido por Josh e Rebecca Tickell, é narrado pelo ator e ambientalista Woody Harrelson ("Jogos Vorazes", "Truque de Mestre"), e tem uma lista de produtores e produtores-executivos, incluindo a modelo brasileira, Gisele Bündchen.


O filme começa examinando como o cultivo e o uso de fertilizantes químicos e pesticidas levaram à erosão do solo e, em seguida, traça os danos causados ​​à nossa ecologia, saúde e clima. Em contrapartida, o documentário mostra uma solução alternativa, com base na agricultura regenerativa, uma prática ética projetada para restaurar terras degradadas e facilitar o sequestro de carbono.


Usando o conceito de bioeconomia, o documentário defende, em vez de fontes fósseis para a produção agrícola, o uso de recursos biológicos renováveis e a regeneração do solo como forma de revigorar a vida e de retirar carbono da atmosfera.

Gisele Bündchen, Produtora executiva do documentário

Sequências didáticas sobre ciência e agricultura são pontuadas por perfis curtos de celebridades envolvidas no ativismo climático, incluindo Tom Brady, Rosario Dawson, Jason Mraz, Patricia Arquette e Ian Somerhalder. O lançamento do documentário “Kiss the Ground” ocorreu semanas antes da eleição presidencial americana, mesmo sem citar Donald Trump, serviu para denunciar a ausência dos EUA das iniciativas climáticas sem citar nomes.

O filme foi muito premiado por onde foi apresentado.


Estima-se que a agricultura industrial seja responsável por 25% das emissões de gases de efeito estufa e por 70% do uso de água potável, segundo dados do IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change). E que 80% do carbono do solo em áreas fortemente cultivadas já foi perdido, devido ao arado destrutivo, ao excesso de pastagem e ao uso de fertilizantes e pesticidas químicos. Essa prática estaria ligada a problemas ambientais e de saúde, como desnutrição, doenças transmitidas por alimentos, infecções bacterianas resistentes a medicamentos e a diminuição do suprimento de água e poluição.



A humanidade já ultrapassou a capacidade de carga da Terra e o mundo precisa de um decrescimento econômico para colocar as atividades antrópicas dentro da biocapacidade do Planeta. Isto é inegável e urgente! Mas o que o documentário “Solo Fértil” mostra é que ter uma agricultura e uma pecuária fundamentadas na regeneração do solo é uma possibilidade de produzir alimentos de forma sustentável e sem agravar as mudanças climáticas.


Em resumo, o documentário explica de forma simples a relevância da proteção do solo para a sobrevivência dos ecossistemas e da sociedade humana, e mostra como todos podemos ser agentes da mudança. Com projetos e conceitos já experimentados e comprovados, a crise climática não só pode ser freada, mas em alguns casos também pode ser revertida.


Gostou da sugestão? Comente se já conhecia o longa e também dê sugestões de outros documentários e filmes que posso trazer e falar mais aqui no blog ECO Classe.


Abraços,

Thais

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